A notícia foi dada pelo jornal regional Reconquista, que fala numa falha no arranque automático de uma das bombas acionadas por motor elétrico do sistema auxiliar de alimentação de água, durante a realização de um ensaio.
No comunicado, a CSN explica que as bombas de água - que servem a central - são alimentadas por eletricidade e, no caso de falha, existem geradores a diesel que são acionados automaticamente e cuja verificação do funcionamento é feita através de uma série de botões. A falha de contacto terá sido revelada por um desses botões.
Esta situação "não teve repercussão nem nas pessoas, nem no meio ambiente", sendo classificada provisoriamente com o nível zero (o mais baixo) da escala INES. A Escala Internacional de Ocorrências Nucleares é um meio utilizado para informar o público sobre a gravidade das ocorrências em instalações nucleares.
Durante 2016, a central nuclear de Almaraz foi a que mais incidentes reportou em Espanha, com sete notificações. Esta falha de funcionamento foi o primeiro incidente comunicado pela administração da central, em 2017.
Na segunda-feira, Portugal entregou à Comissão Europeia uma queixa relacionada com a decisão espanhola de construir um armazém de resíduos nucleares em Almaraz, sem avaliar o impacto ambiental transfronteiriço. O Governo português defende que, no projeto de um aterro de resíduos junto à central nuclear de Almaraz, não foram avaliados os impactos transfronteiriços, o que está contra as regras europeias.
A funcionar desde o início da década de 80, a central está situada junto ao Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.