A direção geral de saúde considera que existe um elevado risco de importação da doença e deu instruções aos médicos e enfermeiros para atuarem. Desde logo deve-se isolar a pessoa e vacinar quem tem contacto direto com o doente em causa.
A vacinação é, de resto, muito importante e deve ser tomada aos 12 meses e reforçada aos 5 anos.Os casos nacionais registaram-se em Lisboa e no Algarve e a maioria das pessoas em causa não estava vacinada.
"Estamos realmente preocupados, porque o sarampo estava eliminado e tínhamos sido, até aqui, um país livre da doença, devido ao programa de vacinação, sobretudo das crianças, com uma vacina que deve ser administrada aos 12 meses de idade", disse à agência Lusa Francisco George.
O diretor-geral de Saúde confirmou que os casos estão a ser investigados, porque é preciso perceber como é que as crianças, que não estavam vacinadas, adquiriram a doença.
Francisco George referiu que Portugal estava avisado para o surgimento de eventuais casos de sarampo, "depois de a Organização Mundial da Saúde ter comunicado que havia esse risco, quando identificou bolsas importantes da população que não vacinavam os seus filhos".
"A vacinação do sarampo começou há cerca de 35 anos e, portanto, são poucos os médicos que conhecem o sarampo. É, por isso, que estamos preocupados. Estamos a falar de uma doença que tinha um diagnóstico fácil quando era frequente", concluiu.
