Última atualização às 18:19
Em causa na investigação estão suspeitas de corrupção ativa, corrupção passiva e participação económica em negócio. Foram constituídos arguidos António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, CEO da EDP Renováveis. Também são arguidos Joao Conceição e Pedro Furtado, da REN. Ao contrário do que foi noticiado anteriomente, Rui Cartaxo, ex-CEO da REN e atual chairman do Novo Banco não foi constituído arguido.
De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), "o inquérito tem como objeto a investigação de factos subsequentes ao processo legislativo bem como aos procedimentos administrativos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC)".
As buscas já terminaram na EDP, mas continuam na REN (Rede Elétrica Nacional). Os investigadores estão a passar a pente fino os gabinetes de administradores e também os sectores financeiro, de contabilidade e informática. As buscas estendem-se ainda a uma consultora, a The Boston Consulting Group.
As rendas garantidas (e excessivas)
Em causa estão os CMEC (Contratos de Manutenção do Equilíbrio Contratual), as chamadas rendas garantidas, compensação relativa à cessação antecipada de contratos de aquisição de energia, na sequência da transposição de legislação europeia no final de 2004. O Estado já terá perdido muitos milhões de euros com este negócio.

"Informamos que a REN continuará, como sempre a colaborar com as autoridades em tudo o que estiver ao seu alcance", adiantou fonte oficial da empresa liderada por Rodrigo Costa.
Também a elétrica liderada por António Mexia realçou que está a colaborar com as autoridades.
Com Lusa