"É uma matéria à qual o PEV tem dado grande destaque na sua intervenção ao longo dos anos e que, no momento atual, tendo em conta designadamente a tragédia que se desenrolou em Pedrógão Grande, e o grande fogo florestal de Góis, impõe um debate que deixe claro os caminhos a seguir neste país e as opções estratégicas a tomar, para tornar a floresta mais resiliente e o mundo rural mais protegido", lê-se num comunicado.
Após os incêndios da zona Centro do país, que fizeram 64 mortos, a Assembleia da República vai dedicar pelo menos dois dias da próxima semana a debater questões ligadas aos fogos e à floresta.
O líder parlamentar do PSD já tinha anunciado a realização na próxima quinta-feira de um debate político sobre as questões "que apoquentam, inquietam e intrigam" os portugueses na tragédia de Pedrógão Grande, também num agendamento potestativo (direito de fixar a ordem do dia).
Dois grandes incêndios deflagraram no sábado na região Centro, provocando 64 mortos e mais de 200 feridos, tendo obrigado à mobilização de mais de dois milhares de operacionais.
Estes incêndios, que deflagraram nos concelhos de Pedrógão Grande e Góis, consumiram um total de cerca de 50 mil hectares de floresta [Notes:o equivalente a 50 mil campos de futebol] e obrigaram à evacuação de dezenas de aldeias.
O fogo que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos.
As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas o fogo foi dado como dominado na quarta-feira à tarde.
O incêndio que teve início no concelho de Góis, no distrito de Coimbra, atingiu também Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais. Ficou dominado na manhã de quinta-feira.
Lusa