No debate do estado da Nação, hoje no parlamento, Jerónimo de Sousa assumiu que já foram tomadas boas decisões desde 2015, quando o Governo do PS assumiu funções com o apoio parlamentar do PCP, BE e PEV.
"O que está feito não é suficiente, e não é só uma questão de ritmo. É preciso ir mais longe e romper com a política que durante décadas vigorou no país e assumir, com coragem, uma política alternativa", disse Jerónimo, na primeira ronda de perguntas ao primeiro-ministro, António Costa.
Além de dizer que o último ano e meio "é a prova" de que havia alternativa às "políticas de direita" do Governo anterior, PSD/CDS, Jerónimo de Sousa pediu a Costa que governe para resolver "os problemas do país" e não para "mostrar serviço" em Bruxelas, com a redução do défice.
Na resposta, António Costa assumiu as divergências com o PCP quanto à integração europeia, fazendo a ressalva de que isso não impediu o acordo com PCP, BE e PEV no apoio ao Governo socialista.
"Continuaremos a viver com elas [as divergências] como temos vivido até ao momento", disse António Costa, com o sorriso, dirigindo-se a Jerónimo.
Lusa