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Polícias e militares pedem as mesmas condições dos professores

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia enviou uma carta ao primeiro-ministro onde contesta o facto não ter sido chamada para negociar o descongelamento de carreiras, tal como aconteceu como os professores.

Polícias e militares pedem as mesmas condições dos professores
TIAGO PETINGA

Na carta, divulgada pelo jornal Público , a ASPP diz que "se houver uma porta aberta para os professores", essa mesma oportunidade terá também de lhes ser dada.

Já a Associação de Oficiais das Forças Armadas vê as negociações dos docentes com o Governo "com muito interesse" mas fala numa "lança que está a ser usada por uma classe com muito peso em Portugal" e pede igualdade perante os profissionais da educação.

Também a direção da Associação Nacional de Sargentos reivindicou hoje a extensão do descongelamento de carreiras na Administração Pública.

Em comunicado, a ANS faz várias citações do primeiro-ministro, António Costa, e da secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, e compara-se com o tratamento dado aos professores para sustentar a sua pretensão.

A ANS lembrou, em particular, a afirmação de António Costa "o descongelamento se vai aplicar a todas as carreiras da Administração Pública", feita em 04 de novembro, para relembrar, "porque só de professores se fala, que também aos militares é necessário adotar os mesmos critérios".

No seu texto, a direção da ANS reclamou que esta "enquanto associação socioprofissional, deve ser integrada no processo tendente ao encontrar das soluções para aqueles a quem também 'há vários anos se parou o cronómetro que contava o tempo da sua carreira para efeitos de progressão'!".

A ANS fez esta citação, relembrando que é recente e de António Costa: "Ontem [Notes:quarta-feira] voltou a afirmar que: 'os professores não vão ficar de fora do processo de descongelamento das carreiras.

Os professores foram objeto de uma medida que compreendo que os revolte e que a considerem injusta quando há vários anos se parou o cronómetro que contava o tempo da sua carreira para efeitos de progressão'".