"Continuará a haver a partir de hoje em 13 concelhos de três distritos um acompanhamento durante as próximas semanas por parte dos Espaços Cidadão Móvel, que contam com a presença de técnicos da Segurança Social, da Agricultura e da Justiça", avançou à agência Lusa a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.
Desde 16 de novembro, nove carrinhas percorreram 604 lugares ou aldeias de 18 concelhos e foram efetuados mais de 2.100 atendimentos individuais.
Cláudia Joaquim explicou que estas nove unidades móveis foram lançadas a 16 de novembro "numa perspetiva de dois meses" e que a sua continuação seria avaliada no final desse período.
"Da avaliação resulta uma necessidade de continuarmos durante pelo menos mais um mês e meio", havendo depois "uma nova avaliação e uma reavaliação dos concelhos a abranger.
As cinco carrinhas irão percorrer 13 concelhos dos distritos de Coimbra, Guarda e Viseu, indo de porta a porta para sinalizar as necessidades sociais ou médicas das famílias e esclarecer a população, como tem sido feito nos últimos dois meses.
"A primeira preocupação é termos uma atitude pró-ativa e dirigirmo-nos a estas populações que possam estar a necessitar ou já necessitaram de apoio e sinalizar" as situações que "careçam de acompanhamento, que muitas vezes será longo", explicou a governante.
O objetivo é dar prioridade a estas famílias na atribuição de apoios, que podem ser prestações sociais da Segurança Social que já existem ou os subsídios eventuais e as medidas extraordinárias que foram criados no âmbito destes incêndios.
As cinco unidades móveis são dotadas de sistemas informáticos que permitem dar início a processos relativos aos serviços disponibilizados por várias áreas de governação, como a Justiça, Segurança Social, Agricultura e Saúde.Além de esclarecerem as famílias sobre as prestações ou apoios sociais a que têm direito, os técnicos dão informação sobre as ajudas disponíveis às empresas afetadas e agricultores, entre outros assuntos.
As nove carrinhas estiveram em 50 concelhos dos distritos de Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu, com cerca de 40 técnicos do Instituto da Segurança Social, do Instituto de Registos e Notariado e das Direções Regionais de Agricultura e Pescas do Centro e Norte.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Lusa