A notícia é avançada na imprensa desta manhã, que cita um relatório da Equipa de Análise Retrospetiva de Homicídio em Violência Doméstica que conclui que o Ministério Público desperdiçou três oportunidades de intervir e de proteger a vítima.
Segundo o jornal Público, a procuradora deixou o processo seguir a "marcha burocrática" em vez de accionar mecanismos que teriam permitido concluir que a mulher estava em elevado de risco de voltar a ser vítima de violência doméstica.
A mulher de Valongo fez queixa do marido, no Ministério Público de Valongo, por violência e ameaças, 37 dias antes do crime, em novembro de 2015.
A burocracia arrastou-se por vários dias e a mulher de 56 anos acabou por ser morta pelo ex-marido, à paulada, em casa, na localidade de Campo, Valongo.
A Equipa de Análise Retrospetiva de Homicídio em Violência Doméstica foi criada há um ano. É um grupo interministerial que visa a análise restrospetiva das falhas nos processos judiciais de homicídio consumados ou tentados em casos de violência doméstica.