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Agricultores protestam hoje em Coimbra e exigem mais apoios

Agricultores e produtores florestais afetados pelos incêndios de 2017 protestam hoje, em Coimbra, para reclamarem mais apoios do Governo após os avultados prejuízos decorrentes daqueles fogos.

Trator queimado num incêncio.
Trator queimado num incêncio.

O protesto, convocado pela Comissão Inter-Concelhos dos Agricultores e Produtores Florestais Lesados pelos Incêndios, está marcado para as 10:30, junto à delegação da Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) do Centro, em Coimbra, informou a ADACO - Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, em nota enviada à agência Lusa.

Durante a concentração, está prevista uma "ação de sensibilização da opinião pública" e a organização do protesto também já solicitou ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, a sua presença na delegação da DRAP do Centro, para lhe ser entregue "um caderno de reclamações".Segundo a ADACO, há "milhares de produtores agrícolas que não conseguiram fazer as suas candidaturas" por terem sofrido queimaduras, terem estado ausentes do país ou longe das suas terras.

A maioria dos "estrangeiros residentes na região do interior", por desconhecimento, não se candidatou às ajudas de apoio à agricultura ou à habitação, defende também esta organização.Os agricultores defendem a "imediata reabertura das candidaturas simplificadas até ao final de junho", a divulgação de "informação concreta aos agricultores da razão dos cortes" nos apoios dados, a "reabertura das candidaturas em inglês" para facilitar o acesso à informação pela comunidade estrangeira e a abertura de candidaturas a concelhos afetados noutros incêndios de 2017, como é o caso de Mação e Coimbra.

Para além disso, os agricultores alertam que o Governo "não garante qualquer ajuda para o corte da floresta e para a sua limpeza por parte dos produtores florestais", pedindo também medidas de apoio para a florestação e replantação, incluindo em áreas de baldios.

Relativamente à limpeza das florestas até quinta-feira, os agricultores consideram o prazo "impraticável" e exigem, "no mínimo, o seu congelamento, pelo menos enquanto o Governo não instalar balcões únicos previstos na reforma das florestas", refere a nota de imprensa da ADACO.

Com Lusa