De acordo com uma nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "falou longamente ao telefone" com o Presidente Pavlopoulos, "expressando as mais sentidas condolências aos familiares das vítimas mortais, bem como votos de rápidas melhoras a todos os feridos".
"Transmitiu ainda a sua profunda e fraterna solidariedade para com o povo grego, lembrando a tragédia do mesmo tipo que também vivemos em Portugal no ano passado", lê-se no texto.
O chefe de Estado português falou com o seu homólogo "à luz das consequências terrivelmente trágicas decorrentes dos fortes incêndios que têm lavrado na Grécia, com dezenas de vítimas mortais e mais de uma centena de feridos", é referido na nota da Presidência da República.
Os fogos na Grécia já provocaram pelo menos 60 mortos e 172 feridos, alguns em estado crítico, de acordo com os últimos dados da Proteção Civil grega.
O Governo de Alexis Tsipras pediu ajuda internacional na noite de segunda-feira, tendo já alguns países respondido com meios de apoio. Portugal vai enviar 50 elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) para ajudar a combater os incêndios na Grécia, anunciou hoje o ministro da Administração Interna.
Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita de Estado à Grécia em março deste ano, a convite do seu homólogo grego.
O chefe de Estado português enviou também mensagens de solidariedade ao rei da Suécia e ao rei da Noruega, na sequência dos incêndios naqueles países, divulgou a Presidência da República, noutra nota publicada hoje.
O Presidente da República "sublinhou igualmente a participação portuguesa no mecanismo europeu de proteção civil, no âmbito do qual meios aéreos nacionais foram postos à disposição para combate aos incêndios na Suécia", lê-se nessa nota.
A Proteção Civil sueca anunciou na segunda-feira que há 27 fogos ativos por todo o país, quatro fora de controlo. Em certas regiões, não chove há já três meses, segundo as autoridades.
O risco de incêndio é "extremo" no país, principalmente no sul, onde se espera que os termómetros atinjam os 35 graus nos próximos dias, sem previsão de chuva.
Mal equipada para o combate de incêndios desta magnitude, a Suécia pediu ajuda ao Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia. Oito Estados-membros -- Espanha, França, Alemanha, Itália, Portugal, Lituânia, Dinamarca, Polónia e Áustria -- responderam ao pedido de socorro lançado por Estocolmo e enviaram sete aviões Canadair, sete helicópteros e 340 bombeiros com 60 veículos.
Portugal enviou dois aviões para a Suécia e a Força Aérea Portuguesa disponibilizou também um voo de apoio (C295), que transportará cerca de 700 quilos de equipamentos para apoio à operação dos meios aéreos.
A Suécia já pediu assistência a Bruxelas por duas vezes este verão para fazer face aos incêndios, que já queimaram mais de 20 mil hectares.
Lusa