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Taxistas vão continuar concentrados na avenida dos Aliados

Os taxistas em protesto no Porto vão continuar concentrados na avenida dos Aliados, disse hoje o dirigente de uma das associações que os reapresentam, que apelou à mobilização também das famílias para domingo.

Taxistas vão continuar concentrados na avenida dos Aliados
Manuel Fernando Araújo

Segundo José Monteiro, os taxistas estão "na expectativa" de serem recebidos pelo primeiro-ministro e, depois de os dirigentes de duas associações terem sido hoje recebidos pela Presidência da República, a decisão foi "não desmobilizar" e manter os protestos que estão em curso pelo quarto dia consecutivo em Lisboa, Faro e Porto.

"Estamos na expectativa de ser recebidos o mais rápido possível pelo primeiro-ministro para desbloquear a situação", disse José Monteiro aos taxistas concentrados na avenida dos Aliados, acrescentando: "Parece-me que o diálogo se vai estabelecer".

"As direções [das associações] pedem para ficarmos vigilantes", afirmou ainda.

O dirigente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) apelou depois à mobilização para domingo.

"Quantos mais formos, mais força teremos. (...). Amanhã estamos autorizados a trazer mesas e cadeiras e a trazer piqueniques para podermos passar o tempo de forma divertida e alegre. Tragam as famílias, porque o dia vai ser longo", afirmou.

Os taxistas estão em protesto desde quarta-feira, com concentrações em Lisboa, Porto e Faro, contra a entrada em vigor, em 01 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte em veículos descaracterizados que operam em Portugal -- Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.

No quarto dia de protesto, uma delegação composta pelo presidente da ANTRAL, Florêncio de Almeida, e pelo presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, foi recebida na Presidência. Os responsáveis chegaram a Belém cerca das 18:55 e foram recebidos pelo chefe da Casa Civil, Fernando Frutuoso de Melo, tendo a reunião durado cerca de 50 minutos.

Os dirigentes das associações entregaram depois uma carta no gabinete do primeiro-ministro no Terreiro do Paço, em Lisboa, a pedir uma intervenção com urgência para resolver as suas reivindicações.

A seguir, comunicaram aos seus associados concentrados nos Restauradores, em Lisboa, o resultado do encontro com o chefe da Casa Civil do Presidente da República e a continuação do protesto "até que haja uma solução".

À agência Lusa, Carlos Ramos explicou que é necessária uma intervenção urgente do primeiro-ministro, António Costa, e afirmou não quererem a participação nem do ministro nem do secretário de Estado do Ambiente, porque estes dois governantes "são o problema e não a solução".

Lusa