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Pedro Marques, um político de cariz executor da esquerda moderada

O cabeça de lista do PS às eleições europeias tem um percurso sobretudo de cariz executivo ao serviço dos socialistas.

Pedro Marques, um político de cariz executor da esquerda moderada
FERNANDO VELUDO

O cabeça de lista do PS às eleições europeias, Pedro Marques, tem um percurso sobretudo de cariz executivo ao serviço dos socialistas, é considerado um pragmático e posicionou-se sempre ideologicamente na chamada esquerda moderada deste partido.

Licenciado pelo ISEG, (Instituto Superior de Economia e Gestão) e mestre em economia internacional, casado e pai de três filhos, Pedro Marques nasceu em Lisboa em 1976, mas viveu grande parte da sua juventude no Montijo.

No plano profissional, o cabeça de lista socialista teve logo no início da sua carreira na área da gestão de fundos comunitários, tendo sido membro entre 1997 e 1999 da Estrutura de Apoio Técnico da Intervenção Operacional Renovação Urbana no âmbito do II Quadro Comunitário de Apoio.

A primeira experiência na esfera governativa do "número um" da lista socialista nas eleições europeias ocorreu em 2001, quando assumiu funções de assessor do Ministro do Trabalho e da Solidariedade, Ferro Rodrigues, tendo integrado o grupo interministerial para a questão do envelhecimento da população e a sustentabilidade das finanças públicas.

Em 2002, teve uma experiência autárquica, sendo eleito vereador da Câmara Municipal do Montijo com os pelouros da ação social e saúde, habitação social, juventude, planeamento e desenvolvimento económico.

Entre 2005 e 2011, durante os XVII e XVIII governos constitucionais, ambos liderados por José Sócrates, desempenhou o cargo de secretário de Estado da Segurança Social, tendo estado diretamente ligado à reforma da Segurança Social feita em 2007.

No plano político, nas eleições legislativas de 2011, foi cabeça de lista pelo PS no distrito de Portalegre e, nessa legislatura, com o seu partido sob a liderança de António José Seguro, foi vice-presidente do Grupo Parlamentar, com a responsabilidade da área das finanças.

Em 2011, n Congresso do PS realizado para a disputa da sucessão de José Sócrates na liderança deste partido, Pedro Marques - tal como o atual ministro Vieira da Silva e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina - manteve-se neutro, não apoiando nem Francisco Assis, nem António José Seguro.

Em 2014, no entanto, o ainda titular das pastas do Planeamento e das Infraestruturas fez parte do chamado "núcleo duro" de António Costa no processo que conduziu à realização de eleições primárias entre os socialistas e em que o atual primeiro-ministro derrotou António José Seguro.

Logo após as eleições primárias do PS, com a vitória de António Costa, Pedro Marques renunciou ao seu mandato de deputado na Assembleia da República e regressou à vida empresarial na Capgemini Portugal, onde foi responsável pela direção comercial.

Antes das eleições legislativas de 2015 e da formação do atual Governo, colaborou no documento da equipa de António Costa intitulado "Novo Impulso à Convergência" que serviu em parte de base no processo de elaboração do programa do atual executivo.

Lusa