O adjunto do secretário de Estado do Ambiente Armindo Alves abandonou esta quarta-feira as funções que exercia no gabinete depois de se saber que era primo do membro do Governo que assessorava.
A notícia foi divulgada hoje pelo jornal online Observador.
"O ministro do Ambiente soube ontem [terça-feira] (da existência de uma relação familiar entre o secretário de Estado e o seu adjunto, quando foi confrontado pelo jornal Observador)".
Armindo Alves, que é primo do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, pediu a exoneração de funções logo que se soube da notícia, acrescentou.
De acordo com o Observador, Armindo Alves - que foi nomeado em setembro de 2016 e renomeado em novembro de 2018 pelo seu primo secretário de Estado - vai agora voltar ao seu lugar de origem nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Loures.
O pedido de exoneração acontece numa altura em que a oposição questiona as relações familiares entre membros do Executivo.
Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa que esta é uma "polémica natural em momento pré-eleitoral”
Na estreia da nova rubrica do Jornal da Noite de segunda-feira, o "Polígrafo SIC", tentámos perceber o que é verdade e o que é mentira sobre as ligações familiares no Governo.
No Jornal da Noite, David Diniz lembrou os "problemas éticos" do secretário de Estado que, em 2016, comprou um apartamento no Algarve, duas semanas antes de entrar para o Governo, registando-o como residência permanente, quando nunca lá morou. Com isto, recebeu automaticamente o subsídio de alojamento.
O diretor-adjunto do Expresso diz ainda que Carlos Martins tem de sair e fala numa "falta de noção ética".