Eduardo Cabrita considerou esta terça-feira que, nos cerca de 18 mil incêndios que ocorreram nos últimos dois anos, só dois foram considerados "de grande dimensão", ou seja, superiores a mil hectares.
Incêndios de grandes dimensões
"Nós tivemos, nos últimos dois anos, em 2018 e nestes primeiros sete meses e alguns dias de 2019, cerca de 18 mil incêndios até hoje em Portugal", disse Eduardo Cabrita, que falava aos jornalistas após a reunião semanal do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
De acordo com o ministro da Administração Interna, "nesses mais de 18 mil incêndios apenas dois, em dois anos, atingiram aquilo que se consideram tecnicamente incêndio de grande dimensão , isto é, incêndio superior a mil hectares".
Eduardo Cabrita reconheceu ainda que, num contexto de alterações climáticas profundas, "há muito que fazer nas condições da nossa floresta".
Apoios e responsabilidades
Em relação aos apoios dados aos agricultores que perderam pastos, o ministro salientou que esteve na Sertã, Vila de Rei e Mação, quando o incêndio foi dado como dominado, em 23 de julho, tendo assegurado na altura que o Governo "assumiria plenamente as suas responsabilidades".
De acordo com Eduardo Cabrita, um despacho publicado esta terça-feira em Diário da República permite a reposição do potencial produtivo agrícola afetado, "similar ao que foi feito e está cumprido quanto ao incêndio de Monchique".
O Governo reconheceu como catástrofe natural o incêndio que atingiu entre os dias 20 e 23 de julho diversas freguesias dos municípios de Vila de Rei e de Mação e vai conceder auxílios para as explorações agrícolas.
O despacho refere que os incêndios florestais que deflagraram entre 20 e 23 de julho atingiram "enormes e devastadoras proporções, provocaram vastos danos e prejuízos, com particular incidência em determinadas freguesias dos municípios de Vila de Rei e Mação".
Lusa