A manifestação de profissionais da PSP e da GNR chegou às escadarias do parlamento às 15:50, após um desfile pacífico desde o Marquês de Pombal, com cerca de três mil pessoas.
Forte aparato policial
O cortejo, que passou pelas ruas Braancamp, Alexandre Herculano, Largo do Rato e São Bento, encabeçada por uma tarja branca com os dizeres "exigimos respeito", chegou à Assembleia da República perante um forte aparato policial do Corpo de Intervenção da PSP e barreiras metálicas reforçadas com blocos de betão.
As barreiras cercam um arco em torno do parlamento, fortemente reforçadas e com medidas de segurança que são inéditas em anteriores manifestações em frente à Assembleia da República, sendo que o acesso à parte de trás do palácio de São Bento, onde se situa a residência do primeiro-ministro, está também vedado com barreiras metálicas e de cimento.
A maior manifestação de sempre?
A grande maioria dos manifestantes enverga camisolas brancas do Movimento Zero e no todo são gritadas palavras de ordem como "Cabrita, escuta, os polícias estão em luta", sendo visíveis também várias bandeiras de Portugal.
O largo em frente ao parlamento começou a ficar lotado cerca das 16:00, hora prevista para a concentração no local, e não param de chegar polícias e militares da GNR, recebendo muito apoio de pessoas às janelas de casas por onde o desfile passou.
Junto à sede do PS, no Largo do Rato, a cabeça da manifestação abrandou a marcha e gritou "zero", retomando a marcha a caminho de São Bento, onde minutos depois o grosso da manifestação virou costas ao edifício, gritou "corruptos, corruptos" e cantou o hino nacional.
PSD disposto a receber dirigentes sindicais
Os deputados do PSD estão disponíveis para receber os sindicatos da polícia na Assembleia da República. Carlos Peixoto disse esta quinta-feira, na Assembleia da República, que o partido está disponível para receber dirigentes sindicais quando estes entenderem, mas por iniciativa própria não vai aparecer na manifestação.
Iniciativa Liberal junta-se ao protesto
O deputado do Iniciativa Liberal fez questão de ir até ao Marquês de Pombal para se juntar à manifestação das forças de segurança. João Cotrim Figueiredo aproveitou para criticar o Governo pela forma como gere várias áreas do Estado e não apenas a que diz respeito às forças de segurança.
Ventura com t-shirt do movimento Zero
O deputado único do Chega, André Ventura, apresentou-se na sessão plenária do Parlamento envergando uma t-shirt branca com símbolos do movimento Zero, no peito e nas costas, e um autocolante com a bandeira portuguesa à frente, do lado esquerdo.
Classe revoltada
Em entrevista à SIC Notícias, o Presidente do Sindicato Nacional da Polícia explica as reivindicações das forças de segurança. Começam pelos salários, mas passam também pela falta de condições e de segurança no trabalho, disse Armando Ferreira, que garante ainda que estes profissionais se sentem "revoltados" com a "completa neglicência" por parte do Estado.
Com Lusa