A leitura do acórdão do processo em que Rosa Grilo e António Joaquim estão acusados do homicídio do triatleta Luís Grilo, marido da arguida, foi adiada, sem ser anunciada uma nova data. A leitura estava marcada para esta sexta-feira.
O tribunal de júri procedeu à alteração não substancial de factos constantes da acusação e, como os advogados dos arguidos não prescindiram do prazo para se pronunciar, a leitura do acórdão foi adiada.
As defesas pedem 15 dias para prepararem uma nova defesa e o Ministério Público pede 10 dias. Nesse sentido, a juíza presidente, Ana Clara Baptista, explicou que, como há a possibilidade de as defesas dos arguidos requererem mais meios de prova, face às alterações hoje anunciadas, optou por não reagendar nova data para a leitura do acórdão.
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O filho de Rosa e de Luís Grilo, que é assistente no processo, pediu para assistir hoje à leitura do acórdão, mas o tribunal indeferiu o requerimento e impediu o menor de assistir à audiência por considerar "ser suscetível de causar grave dano na dignidade" do adolescente, de 14 anos.
Na acusação, o Ministério Público atribui a António Joaquim, entretanto posto em liberdade, a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, que se mantém em prisão preventiva, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, na localidade de Cachoeiras, Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa), em julho de 2018.
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O arguido António Joaquim foi libertado no início de dezembro com termo de identidade e residência, após 15 meses em prisão preventiva.
O homem saiu em liberdade depois do tribunal aceitar um requerimento da defesa.
No mesmo dia, o advogado de António Joaquim esteve na SIC Notícias para comentar a libertação do arguido. Ricardo Serrano Vieira disse acreditar na absolvição do amante de Rosa Grilo e que a decisão de o retirar da prisão preventiva pode ser um bom pronuncio.