A recolha de bens programada para maio não foi feita, mas o número de donativos ao Banco Alimnetar não diminuiu durante a pandemia de covid-19. Já os pedidos de ajuda aumentaram, principalmente, vindos da chamada classe "remediada" (ou classe média).
"Esta pandemia teve efeitos devastadores em muitas famílias que não sabiam o que era estar de repente na pobreza", afirmou Isabel Jone, presidente do Banco Alimentar numa entrevista à Edição da Noite da SIC Notícias.
Para a ajuda chegar a estas famílias, o Banco Alimentar criou uma Rede de Emergência Alimentar, que congrega várias ajudas sociais, bem como instituições, entre juntas de freguesia até a autarquias. Desde o início da pandemia já foram ajudadas 380 mil pessoas, 60 mil através dessa rede, que chegou a ter dois mil pedidos de ajuda por dia.
Abril e maio foram meses "violentíssimos", disse Isabel Jonet, acrescentando que agora já se sente um certo alívio, principalmente após o fim do estado de emergência. No entanto, a crise veio para ficar e a responsável pelo Banco Alimentar teme o aumento do desemprego.