Durante as vigilâncias, a polícia acabaria por tirar fotografias às escondidas aos profissionais de imprensa, que constam agora do inquérito.
O processo, que corre no DIAP de Lisboa, tem três arguidos, dois jornalistas e um coordenador superior da Polícia Judiciária, suspeito de ter passado informações à comunicação social sobre as buscas ao Benfica, na chamada operação e-toupeira, em março de 2018.
A magistrada do Ministério Público ordenou ainda o levantamento do sigilo bancário ao funcionário da PJ e também a um dos jornalistas.
Ainda no mesmo processo, a PSP chegou a realizar buscas à Judiciária de onde levou caixas de correio eletrónico de membros da anterior direção nacional da PJ .
Em comunicado, o DIAP de Lisboa já veio dizer que todas as diligências foram devidamente ponderadas e efetuadas com respeito pela lei e as de maior melindre tiveram mesmo a concordância das hierarquias.
Na opinião do Ministério Público, as vigilâncias aos jornalistas com recurso a recolha de imagens não tinham que ser validadas por um juiz.