João Loureiro, ex-Presidente do Boavista, esteve esta sexta-feira a ser ouvido na Polícia Federal de Salvador da Bahia, no Brasil.
A SIC tem imagens exclusivas da chegada de João Loureiro antes de prestar depoimento no caso do avião carregado com 500 quilos de cocaína, e no qual o ex-presidente do Boavista tinha lugar marcado para viajar para Lisboa.
O voo chegou a ter várias listas de passageiros. Numa delas constava o nome de Lucas Veríssimo, o novo reforço do Benfica e Bruno Macedo, o intermediário do negócio.
Loureiro vai ter que explicar porque razão viajou para o Brasil no dia 27 de janeiro, nesse mesmo avião privado, com 14 lugares mas onde apenas ele e um espanhol, investigado pela Polícia Judiciária por tráfico de droga, eram os únicos passageiros.
Em declarações à SIC por telefone, João Loureiro garantiu esta quinta-feira que foi a convite de uma empresa brasileira que o queria contratar como consultor em potenciais oportunidades de negócio em Portugal.
Documentos a que a SIC teve acesso mostram que a companhia que fretou o aparelho é a Lopes e Ferreira, assessoria Limitada, uma micro empresa com sede numa sala de um modesto edifício no Bairro Vila Prado, em São Paulo.
Depois de vários adiamentos no regresso a Portugal, João Loureiro assegura que ficou desconfiado. Chegou a mandar uma mensagem ao comandante do avião a pedir para serem rigorosos na inspeção da carga.
O voo de regresso acabou por ficar marcado para dia 9, mas nesse dia nenhum dos cinco passageiros previstos apareceu à hora do embarque. Entre eles, constava João Loureiro, o espanhol Mansur Herédia, Hugo Cajuda e Bruno Carvalho Santos, dois empresários de futebol e ainda Paulo Saturnino Cunha administrador de uma companhia vitivinícola no Ribatejo.