País

As preocupações que se mantêm 20 anos depois da tragédia de Entre-os-Rios

A tragédia de Entre-os-Rios serviu de alavanca a promessas de investimento feitas pelo Governo. Antonino de Sousa, presidente da Câmara de Penafiel, em entrevista à SIC.

Loading...

A 4 de março de 2001, a Ponte Hintze Ribeiro, que ligava Entre-os-Rios a Castelo de Paiva, caiu e arrastou para o Douro três carros e um autocarro. Não houve sobreviventes, 59 pessoas morreram, 36 corpos nunca foram encontrados.

Na altura, a região foi visitada por 19 governantes em 23 dias. E em tempo recorde, 14 meses, foi construída uma nova ponte. Esta tragédia serviu de alavanca a promessas de investimento feitas pelo Governo.

O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, diz agora que ficou por fazer "o que é essencial para esta região": a obra do IC35.

O IC35 é uma variante prometida há décadas por sucessivos Governos, que se prevê venha a ligar a cidade de Penafiel à localidade de Entre-os-Rios, no sul do concelho. Em 2001, ano da queda da ponte de Entre-os-Rios, todos os partidos, na Assembleia da República, consideram prioritária a construção do IC35. Mas só em janeiro de 2020 é adjudicada a primeira fase da obra.

Aquela acessibilidade rodoviária, que constituiria uma alternativa à congestionada EN106, também tem sido reivindicada pelos concelhos vizinhos de Castelo de Paiva, Cinfães e Marco de Canaveses, que assim ficariam mais próximos da Autoestrada 4 (A4) em Penafiel, onde se situa, nomeadamente, o centro hospitalar que serve a região do Tâmega e Sousa, além de outros equipamentos e serviços do Estado.

A jornalista da SIC, Catarina Lázaro, entrevista o atual presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, sobre as preocupações que se mantêm 20 anos depois da tragédia de Entre-os-Rios.