Cinco pessoas foram detidas por burlas a idosos. O grupo simulava acidentes de carro e obrigava as pessoas a pagar pelos danos em dinheiro.
Os detidos foram presentes a tribunal, dois estão em prisão preventiva e os restantes têm de se apresentar periodicamente numa esquadra policial.
Os burlões atuavam em parques de estacionamento de espaços comerciais, onde escolhiam pessoas mais velhas, seguindo-as até casa, para pôr o plano em prática.
A meio do caminho, longe de testemunhas, buzinavam e faziam sinais de luzes até que os condutores parassem o carro.
"Depois eram abordados no sentido de lhes imputarem uma culpa de que, na manobra que tinha realizado dentro do parque de estacionamento, tinha dado um toque no para-choques do carro. E apontavam sempre para o para-choques do carro", explica o Capitão Ferreira da Silva do Comando Territorial de Lisboa da GNR.
Os carros era alugados, para difcultar a identificação do grupo.
As vitimas eram intimidadas e aconselhadas a pagar no momento pelos danos que supostamente causaram..
"Normalmente as vítimas eram burladas entre 300/400 €. Estamos a falar de um tipo de crime organizado que fez mais de 60 vítimas em todo o território nacional", segundo o Capitão Ferreira da Silva.
A operação da GNR resultou na detenção de cinco pessoas, com idades entre os 23 e os 57 anos.
Duas estão em prisão preventiva e os restantes têm de se apresentar periodicamente numa esquadra.
Foram ainda apreendidos automóveis, televisores, ouro e cerca de 6 mil euros em numerário.
A GNR alerta que, por norma os burlões apresentam-se como amigos de familiares, funcionários de empresas ou de instituições públicas, como a Segurança Social ou a Câmara Municipal.
E deixa alguns conselhos para prevenir este tipo de casos.
"Não deve fornecer informações pessoais, nem dados de contas ou dinheiro a desconhecidos. Não assine documentos sem ter a certeza que são válidos. E desconfie por norma do burlão que tem uma boa aparência e apresenta um discurso muito coerente", sublinha o Capitão Ferreira da Silva.
Desconfie sempre e, em caso de dúvida, ligue às forças de segurança.