Depois de lhe ter sido dado o palco do encerramento do chamado "encontro das direitas" - participando pela primeira vez na terceira Convenção do Movimento Europa e Liberdade - Rui Rio foi à Exposição da Capital do Móvel, no Pavilhão Carlos Lopes em Lisboa.
Depois das críticas que lhe foram feitas e apelos para uma união à direita - a que responde mantendo o PSD "ao centro" - Rio desvia logo à entrada para ver uma lareira elétrica, mas diz que não se deixa impressionar por "fogo de vista" nem teme estar a "arder em lume brando". O Presidente do PSD lembra que é uma "lareira falsa" que quando muito nem calor transmite.
É o rescaldo do discurso que fez, com Passos Coelho a assistir da primeira fila, e em que não fez referência aos desafios que os líderes dos restantes partidos da direita lhe tinham deixado nos dois dias de Convenção. Rio diz que "cada um faz o que entende". "Se eu fosse lá para criticar os outros, as pontes seriam mais difíceis".
Rui Rio recusa que o PSD tenha de derivar para a direita ou para a esquerda para governar, reconhecendo que tem de estar "aberto", porque "sozinho" dificilmente conseguirá uma maioria absoluta.
Se saiu mais isolado da Convenção, depois de insistir em manter o posicionamento do PSD ao centro, Rui Rio garante que não: "Isolado, eu? A diferença eleitoral para os outros é brutal".
"Ponto final" na polémica com Conselho de Jurisdição
Com Conselho Nacional marcado para o próximo dia 4 de junho e uma recente polémica interna envolvendo a Direção e o Conselho de Jurisdição, Rui Rio quer o assunto encerrado. Não é para levar a debate na reunião dos órgãos do partido, porque o foco é nas autárquicas e na estratégia do PSD para o país.
Da parte da direção "ponto final", diz Rui, "um episódio para esquecer". Só se alguém quiser voltar a levantar a questão é que a primeira vez que um líder do partido se viu a ter a Jurisdição a considerar que violou os estatutos do partido é que não será um ponto final.