Os cuidadores informais que fazem parte do projeto-piloto do Governo, implementado há um ano em 30 concelhos do país, recebem uma média de 300 euros por mês. A Associação de Cuidadores Informais entende ser um valor reduzido e também difícil de conseguir.
Não chega a mil o número de pessoas que recebem este apoio financeiro relativo ao Estatuto do Cuidador Informal. Segundo os dados do Ministério da Segurança Social, divulgados pelo Jornal de Notícias (JN), das 1.598 pessoas que se candidataram a este subsídio, apenas 976 conseguiram ver a candidatura aprovada.
Em 2020, e devido à pandemia, o número de cuidadores informais duplicou, uma vez que não existiam respostas sociais suficientes, de acordo com a a Associação Nacional de Cuidadores Informais. Ao JN diz que as candidaturas ao apoio não correspondem ao valor real de cuidadores informais em Portugal, estimando que existam perto de 13 mil só nos 30 concelhos-piloto. Quanto ao valor do apoio, que tem um teto máximo de 438,81 euros, alerta que muitas das famílias vivem apenas dos subsídios, e entende por isso ser um valor baixo.
O acesso a este apoio não é um processo simples, para além dos procedimentos necessários para a candidatura e o próprio desconhecimento sobre o subsídio, quem recebe uma pensão de velhice não tem a oportunidade de se candidatar e as pessoas que têm um complemento por dependência de primeiro grau são sujeitas a uma junta médica.
Neste momento são 30 os concelhos abrangidos por este projeto-piloto, mas em breve será alargado a todo o país.