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Congresso do PS. Esquerda cautelosa com as promessas, direita não poupa nas críticas

As reações dos partidos ao congresso socialista, que terminou este domingo.

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A esquerda mostrou-se cautelosa com as promessas feitas no final do congresso socialista. Rui Rio acusa António Costa de estar a usar medidas do Governo para captar votos para as autárquicas.

Rui Rio diz que congresso do PS serviu de propaganda para as autárquicas

O presidente do PSD classificou este domingo o congresso do PS como "um evento de propaganda eleitoral" para as autárquicas, dizendo "não ser correto" que António Costa tenha anunciado medidas do Governo para "captar votos para o PS".

Em declarações aos jornalistas, Rui Rio até considerou "natural" que o PS esteja preocupado com as autárquicas.

"O que já estranho e entendo que não é correto é utilizar o Governo e medidas do Governo para, muito perto das eleições, procurar captar votos para o PS", criticou, em declarações num hotel em Albufeira.

Catarina Martins critica "poucochinho" das propostas de Costa sobre precariedade

A coordenadora do BE, Catarina Martins, criticou o "poucochinho das muitas medidas e poucas soluções" prometidas por António Costa para combater a precariedade, lamentando que o PS não queira garantir um futuro em Portugal às jovens gerações.

No discurso de encerramento do Fórum Socialismo 2021, a rentrée do BE que hoje terminou em Almada, distrito de Setúbal, Catarina Martins começou por concordar com um ideia do secretário-geral do PS, António Costa, de que não se pode "esperar quatro ou cinco gerações para as mudanças que contam na dignidade" dos portugueses, mas avisou que é por isso mesmo é que "não valem meias medidas ou anúncios tonitruantes que não mudam a vida das pessoas".

"Ouvi António Costa agradecer o contributo das jovens gerações que são a garantia de futuro em Portugal, mas, na verdade, é a estas jovens gerações que o Partido Socialista não quer garantir um futuro em Portugal", criticou.

PCP desvaloriza promessas

Na apresentação do candidato do PCP à Câmara de Vila Franca de Xira, Jerónimo de Sousa disse que a política do PS não responde aos interesses dos trabalhadores.

Chega diz que Congresso do PS termina sem "nenhuma novidade política ou governativa relevante"

O Chega considerouque o congresso do PS terminou em irrelevância, acusando o líder do partido e primeiro-ministro, António Costa, de se limitar a "recuperar 'slogans' de propaganda" já gastos.

Em comunicado, o partido considera que a reunião magna socialista, que se realizou em Portimão, "terminou sem nenhuma novidade política ou governativa relevante".

Iniciativa Liberal ataca "discurso trágico" e acusa Costa de misturar PS e o Estado

A Iniciativa Liberal (IL) criticou o "discurso trágico" do primeiro-ministro, António Costa, no congresso do PS pela incapacidade "de inverter as políticas que atrasam Portugal" e acusou-o de misturar o PS e o Estado.

Em comunicado, a IL afirmou que, "para António Costa, o PS e o Estado são a mesma coisa" e acrescenta que "quando apela a que os portugueses elejam os autarcas do PS para que sejam estes a gerir os fundos europeus que vão chegar, 'para manter o caminho certo'" está a tornar Portugal "o país mais pobre da União Europeia, agravando as condições económicas e sociais em que os portugueses vivem".

"A única estratégia do governo é controlar e gastar os fundos europeus da mesma forma ineficaz e displicente que tem sido seu apanágio. O crescimento económico não é prioridade. As empresas não são prioridade. A iniciativa privada não é prioridade", lê-se no comunicado da IL, que não esteve na sessão de encerramento do congresso, em Portimão.

CDS diz que "nunca os portugueses foram tão escravizados"

Em Oliveira de Azeméis, Francisco Rodrigo dos Santos, criticou o discurso de António Costa. O presidente do CDS disse que a corrupção é cada vez maior e que os portugueses nunca foram tão escravizados