País

Sindicatos dos enfermeiros marcam greve para a primeira semana de novembro

Concentração no dia 28 deste mês no Parlamento para entregar petição: "Enfermeiros reclamam descongelamento da carreira e avaliação de desempenho igual aos enfermeiros da Região Autónoma da Madeira".

Um enfermeiro durante a concentração organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses sobre os centros de vacinação e centros de saúde que podem entrar em rutura com a campanha de vacinação da gripe sazonal em curso e o início da 3ª toma da vacina covid-19, junto à ARS do Centro, Coimbra
Um enfermeiro durante a concentração organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses sobre os centros de vacinação e centros de saúde que podem entrar em rutura com a campanha de vacinação da gripe sazonal em curso e o início da 3ª toma da vacina covid-19, junto à ARS do Centro, Coimbra
PAULO NOVAIS

Os sindicatos dos enfermeiros marcaram uma greve para a primeira semana de novembro e uma concentração no dia 28 deste mês em frente à Assembleia da República, anunciou hoje à Lusa fonte sindical.

A decisão foi tomada por todos os sindicatos que representam os enfermeiros numa reunião que teve início na tarde de segunda-feira e terminou hoje de madrugada, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa.

A concentração de enfermeiros e de todos os sindicatos, em frente à Assembleia da República, visa reivindicar os direitos dos enfermeiros, com a entrega da petição: "Enfermeiros reclamam descongelamento da carreira e avaliação de desempenho igual aos enfermeiros da Região Autónoma da Madeira".

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Apesar das medidas anunciadas, Pedro Costa afirmou que não se esgotou "a capacidade de diálogo" entre os sindicatos e o Governo.

"Por isso, decretou-se uma paralisação nacional para a primeira semana de novembro, que queremos anunciar na sexta-feira. De alguma forma damos aqui algum tempo ao Governo para se poder pronunciar", adiantou.

O dirigente sindical sublinhou que "a greve tem sempre uma dupla responsabilidade": "responder às justas reivindicações dos enfermeiros, mas ao mesmo tempo valorizar o acesso aos cuidados de saúde por parte da população".

Por isso, é que os sindicatos dos enfermeiros não vão neste momento "encetar uma medida mais gravosa ou uma ação mais musculada que coloque a população em perigo".

"Nós neste momento não estamos a valorizar o valor humano" do SNS, o que impede a recuperação do sistema nacional de saúde, disse à Lusa.

As medidas anunciadas pelos sindicatos surgem no seguimento da falta de resposta a um documento reivindicativo entregue ao Ministério da Saúde em 21 de setembro pelos sete sindicatos.

Algumas exigências incluídas no documento incluem:

  • "a contratação dos enfermeiros que estão em situação precária",
  • uma "avaliação de desempenho adequada à profissão",
  • a "correção dos problemas relativos à contagem de pontos"
  • "condições iguais para enfermeiros com contratos individuais de trabalho e contratos em funções públicas".

Estiverem presentes na reunião as sete estruturas representantes da classe, nomeadamente o Sindicato dos Enfermeiros, O Sindicatos do Enfermeiros Portugueses, o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem e Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos.

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