País

PSD dividido mas em peso na tomada de posse de Moedas

Rui Rio diz que a decisão sobre eventual recandidatura será conhecida em breve.

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Na tomada de posse de Carlos Moedas, o PSD marcou forte presença, numa altura em que o partido vive uma luta interna e a vitória na capital é vista como um exemplo para o país. Na cerimónia esteve presente o líder Rui Rio, que disse que a decisão sobre uma eventual recandidatura será conhecida em breve.

A Praça do Município foi-se enchendo e, entre os 600 convidados, foram desfilando as caras do percurso de Carlos Moedas, membros do passado do PSD, como Pedro Passos Coelho, Aníbal Cavaco Silva ou Manuela Ferreira Leite.

Paulo Rangel também esteve presente, mas não comentou assuntos da vida interna do PSD.

"Estamos a começar as candidaturas no PSD, vamos respeitar as eleições dos lisboetas. Nós estamos aqui a celebrar a eleição do engenheiro Carlos Moedas, não estamos para falar da vida interna de nenhum partido. Claro, estamos a celebrar os 'novos tempos', eu estou sempre disposto a celebrar. Novos tempos é comigo!", refere Paulo Rangel.

O seu possível adversário à liderança dos sociais-democratas, Rui Rio, refere que "aquele que é o presidente do Partido Social Democrata tem de estar sempre" preparado para ser protagonista na mudança do país, no entanto, atira para o futuro a decisão sobre a sua recandidatura.

"Isso não é para aqui chamado hoje, mas não vai demorar muito a saberem isso", atira Rui Rio.

Em dias conturbados no partido, a vitória na autarquia da capital, 14 anos depois, é um exemplo que os sociais democratas desejavam.

"Acho que é uma grande oportunidade no PSD, com o engenheiro Carlos Moedas, de mostrar ao país todo o nosso potencial de intervenção cívica e política, com vista a darmos ao país o que o país não tem hoje, que é uma alternativa de Governo", explica Luís Montenegro.

Para Miguel Pinto Luz, a vitória do PSD em Lisboa poderá ser um sinal e dar força a uma vitória nacional.

"Uma nova liderança do PSD que queira trazer nova esperança, uma oposição mais firme, uma visão mais global, mais inclusiva, de unir o PSD", diz o social democrata.

Um dos nomes históricos dos sociais democratas, Francisco Pinto Balsemão, também marcou presença.

"O partido está sempre em mutação. Não está sossegado, e isso também é bom. Partidos que adormecem não duram muito tempo."

Carlos Moedas é visto como símbolo de uma nova forma de fazer politica também para o CDS, igualmente em luta interna.

"Lisboa prova uma estratégia que eu defendi desde a primeira hora em que sou presidente do partido. É que, sempre que PSD e CDS, juntos, puderem derrotar a Esquerda no poder, devem fazer compromissos pré-eleitorais e empenhar-se para influenciar a governação", refere o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos.

Entre lideres partidários, personalidades do mundo da economia ou do desporto, a cerimónia contou igualmente com a presença de três ex-presidentes da Câmara Municipal de Lisboa: João Soares, Santana Lopes e Carmona Rodrigues, que saiu em 2007, o último ano em que o PSD tinha estado à frente da autarquia.

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