O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, foi este domingo vaiado por ex-militares paraquedistas durante a cerimónia militar nas comemorações do Dia do Exército, em Aveiro.
À chegada à parada, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, foi recebido por um coro de assobios que se prolongaram durante os discursos do governante e do Chefe do Estado-Maior do Exército, José Nunes da Fonseca, que também foi vaiado.
O protesto contra a alegada proibição de os militares no ativo cantarem o "Pátria Mãe", o hino dos paraquedistas, durante o desfile militar começou pouco depois do arranque da cerimónia.
No entanto, a norma que impede os paraquedistas de participarem na ceromónia é apenas uma das razões do descontentamento destes militares, que organizaram um protesto através das redes sociais.
Durante praticamente toda a cerimónia ouviram-se gritos de "demissão", "deixa os homens cantar" e "palhaço", intervalados com cânticos e o brado dos paraquedistas.
O repórter da SIC no local, Paulo Ravara, faz o ponto de situação no protesto.
No final da cerimónia, a PSP identificou vários dos antigos militares que se encontravam no protesto.
Contactada pela Lusa, a porta-voz do Exército disse desconhecer a alegada proibição ou qualquer ordem interna nesse sentido e disse que o Exército não comenta os protestos.
As comemorações do dia do exército tem por objetivo dar a conhecer as competências desta força militar. Ao longo dos últimos quatro dias houve várias iniciativas na cidade de Aveiro.