O Presidente da República confirmou na quinta-feira a dissolução do Parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro. Miguel Pinto Luz, membro do PSD e vice-presidente da Câmara de Cascais, afirma que “qualquer data era aceitável”, mas que a escolhida por Marcelo permite ao PSD mais tempo para “clarificar a sua situação interna”.
Sobre o anúncio de Rui Rio, que afirmou na quinta-feira que tentará antecipar o Congresso e as diretas do partido, para diminuir o “benefício do PS” nas legislativas, Miguel Pinto Luz acusa o líder dos sociais-democratas de “mais um golpe de asa”.
“Ontem houve uma mudança radical de Rui Rio, mais um golpe de asa nesta postura quase errática, agora com uma tentativa de comprimir ainda mais os prazos, de tentar acelerar este processo”, aponta.
Uma crítica que justifica com a impossibilidade de, caso as diretas sejam antecipadas, realizar debates televisivos entre os candidatos ou até de percorrer o país em campanha. Diz, ainda assim, que uma compressão é desejável, “mas dentro dos limites aceitáveis”.
“Espero que haja bom-senso dos conselheiros nacionais para antecipar o Congresso. Quanto à antecipação das diretas, é preciso avaliar”, defende.
Sobre os dois candidatos, Rui Rio e Paulo Rangel, diz que são ambos “homens absolutamente experimentados”, destacando a candidatura de Rangel, que apoia, reconhecendo-lhe vantagem por já ter programa para as eleições internas e para as legislativas.
“Vejo uma grande diferença entre as duas candidaturas: Rangel já apresentou coordenadores de programa e programa para as eleições internas e já para as legislativas. Rui Rio continua com questões de adia não adia, suspende não suspende. Pedia serenidade ao Dr. Rui Rio e aos seus apoiantes e vamos discutir ideias.”
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