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Chega retira apoio ao Governo dos Açores

Direção Nacional do Chega pediu ao Chega Açores para retirar apoio ao Governo regional, acabando com o acordo de incidência parlamentar.

Chega retira apoio ao Governo dos Açores
ANTÓNIO COTRIM

A Direção Nacional do Chega pediu esta quarta-feira ao Chega Açores para retirar o apoio ao Governo Regional, acabando com o acordo de incidência parlamentar, anunciou o líder do partido, André Ventura, no Parlamento.

Em conferência de imprensa, André Ventura justificou a retirada de apoio ao Governo açoriano com a postura manifestada reiteradamente pelo líder do PSD, Rui Rio, de rejeitar acordos pós-eleitorais com o Chega.

O Chega "retirar-se-á, segundo sugestão da Direção Nacional, do Governo regional dos Açores, do seu apoio de quadro parlamentar, que neste momento existe na região autónoma", disse.

"A direção nacional do Chega e eu, como seu presidente eleito nas últimas eleições diretas, daremos instruções para que cesse o apoio do Chega ao Governo Regional dos Açores. As instruções que daremos são de que o Chega deixe de suportar já neste orçamento o Governo regional dos Açores", afirmou.

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A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados: 25 do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).

No arquipélago, PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.
A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com a IL. O deputado não inscrito Carlos Furtado manteve o apoio ao Governo dos Açores.

Se o deputado único do Chega, José Pacheco, deixar de apoiar o executivo, este passa a contar com o apoio de 28 deputados, insuficiente para garantir maioria absoluta no hemiciclo (29).

Além disso, o deputado único da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, revelou em 5 de novembro que o seu sentido de voto não está fechado, mesmo depois de o Governo Regional ter reduzido o nível de endividamento previsto no Orçamento e no Plano para 2022, tal como tinha exigido o parlamentar.

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