Bernardo Ferrão considera "lamentáveis" as declarações desta sexta-feira de Eduardo Cabrita, e que António Costa não poderia levar o agora ex-ministro da Administração Interna na sua equipa para a campanha eleitoral de janeiro, devido às sucessivas polémicas, de onde destaca a morte de um cidadão estrangeiro por agentes do SEF.
O comentador da SIC começa por referir que a demissão de Eduardo Cabrita já teria sido "pré-anunciada" pela sua mulher, Ana Paula Vitorino, nas redes sociais, mas que nenhum dos ministros que contactou "sabiam o que iria acontecer".
Acrescenta que já existia "uma sombra que pairava sobre Eduardo Cabrita, tão pesada que, para um momento eleitoral que requer energia a António Costa, faz Eduardo Cabrita ser um ponto a desfavor", tratando-se de uma campanha eleitoral "que não vai ser fácil".
Bernardo Ferrão acrescenta que o agora ex-ministro da Administração Interna "tem uma caderneta de cromos maus, cromos feios", como o caso da morte de um cidadão estrangeiro por agentes do SEF, sendo "estranho que António Costa tenha demorado tanto tempo para tomar a decisão".
Considera, por fim, as declarações do ministro demissionário "lamentáveis", quando refere que seria apenas "passageiro" no momento do polémico atropelamento na A6, que envolveu o seu motorista.