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Demissão de Cabrita: PAN lamenta demissão "só para Governo não ficar prejudicado num ato eleitoral"

A líder do PAN, Inês de Sousa Real, comenta a demissão do agora ex-ministro da Administração Interna.

A porta-voz do partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN), Inês Sousa Real fala aos jornalistas após uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (ausente na foto) no Palácio de Belém, no âmbito da audiência do chefe de Estado aos partidos com assento parlamentar para discutir a dissolução do parlamento e a data das eleições antecipadas, após o chumbo do Orçamento de Estado para 2022, em Lisboa
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A líder do PAN, Inês de Sousa Real, considera "tardia e insuficiente" a demissão de Eduardo Cabrita, critica o episódio do atropelamento na A6 com o carro do ex-ministro da Administração Interna e acusa António Costa de só agora levar a cabo a demissão por motivos eleitorais.

Para a número um do PAN, "a demissão (de Eduardo Cabrita) peca por tardia e insuficiente", apelando a que António Costa "assuma outro tipo de responsabilidades políticas".

"[António Costa] tem de deixar claro que todos os membros do Governo devem pugnar pela responsabilidade no exercício das suas funções", acrescenta.

Inês de Sousa Real considera o polémico atropelamento na A6, envolvendo a viatura do ex-ministro, "um episódio lamentável" e "inaceitável", pois "caber-lhe-ia pugnar pela legalidade, nomeadamente, na velocidade".

Sobre as declarações desta sexta-feira, em que Eduardo Cabrita alega ser "apenas um passageiro" no caso do atropelamento, a líder do PAN critica a "desresponsabilização" do ex-governante.

"A responsabilidade não pode sobrar para o elo mais fraco", diz, relativamente ao motorista do automóvel.

Termina a dizer que "o mandato de Eduardo Cabrita é marcado por vários processos mal geridos" e lamenta que a demissão só ocorra "para que o Governo não fique prejudicado num ato eleitoral", referindo-se às eleições legislativas de janeiro de 2022.

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