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Rio defende que postura ao centro serve para "corrigir os excessos"

Os pontos fortes do discurso de Rui Rio na abertura do Congresso do PSD.

O presidente do PSD, Rui Rio, discursa durante o primeiro dia do 39.º Congresso Nacional do PSD
O presidente do PSD, Rui Rio, discursa durante o primeiro dia do 39.º Congresso Nacional do PSD
ESTELA SILVA

O presidente do PSD, Rui Rio, reiterou esta sexta-feira a defesa do posicionamento do partido ao centro, considerando que os sociais-democratas têm de estar "sempre disponíveis para corrigir os excessos, sejam eles de direita ou de esquerda".

"Não somos ideologicamente amorfos, nem subscrevemos as teses do fim das ideologias. Uma coisa, é perceber que o pensamento clássico evoluiu e não se coaduna totalmente com a realidade que vivemos. Coisa diferente, é subordinar a governação de um país a um tecnicismo despido de ideologia e de preocupações com as pessoas e com aqueles que, em cada momento no seu percurso histórico, são os seus valores, os seus princípios éticos e as suas justas aspirações", afirmou, no seu discurso de abertura do 39.º Congresso do PSD.

O líder do PSD salientou que, se ser social-democrata em 2022 "não é o mesmo que o ter sido há 50 anos atrás", "os princípios e os objetivos que norteavam a social-democracia permanecem, hoje, rigorosamente os mesmos".

"Há momentos em que a social-democracia tem de ter respostas de perfil mais à direita, e outros em que o faz com uma postura mais à esquerda. E é assim que tem de ser, precisamente porque nos colocamos ao centro e, por isso mesmo, temos de estar sempre disponíveis para corrigir os excessos, sejam eles de direita ou de esquerda", disse.

PSD é "pela total e completa liberdade individual"

Rio rejeitou que o partido seja liberal no sentido de "minimizar ou até desprezar o Estado", mas é "pela total e completa liberdade individual, quando ela não é limitadora dos direitos de todos e de cada um".

"É, por isso, que, ainda hoje, tantos anos volvidos, aquele que mais me inspira é o mesmo que sempre mais me inspirou: Francisco Sá Carneiro. A sua frontalidade, coerência, e coragem, aliadas aos períodos em que viveu a sua vida política, fizeram dele e da sua memória um farol para todos os sociais-democratas", afirmou.

Rio deixou ainda um elogio ao militante nº 1 do partido, Francisco Pinto Balsemão, à cabeça, e uma palavra pelo histórico assessor do partido, Zeca Mendonça.

Rio: PSD não é o seu presidente nem os seus dirigentes mas as suas bases

O presidente social-democrata, Rui Rio, considera que o PSD "não é o seu presidente" nem os seus dirigentes, mas sim as bases do partido, que "de forma livre e desinteressada" todos os dias "lutam por Portugal".

No discurso de abertura do 39.º Congresso Nacional do PSD, Rui Rio começou com uma homenagem ao antigo deputado António Topa, que morreu há pouco mais de um mês, e um agradecimento a todos os militantes do partido.

"O PSD não é o seu presidente, nem, tão pouco, os seus dirigentes. O PSD são as suas bases, que, de forma livre e desinteressada, todos os dias, lutam por Portugal, através do nosso partido - que, todos os dias, afirmam a social-democracia, como via para o desenvolvimento, ou seja, para a liberdade, para a justiça social, para a igualdade de oportunidades e para o respeito e tolerância com as diferenças", afirmou.

De acordo com o presidente do PSD, "é pela vontade livre e democraticamente expressa" dos militantes, que o partido está reunido em mais uma reunião magna que quer que constitua "um passo importante" para a vitória nas eleições legislativas de 30 de janeiro.

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