As reservas de sangue em Portugal estão em níveis muito baixos e o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apela à população que reforce as dádivas.
“Normalmente, em bons tempos, temos 14 mil unidades, agora temos entre 7.500 unidades a nível nacional. São níveis muito baixos e podem resultar na falta de capacidade de tratar alguns doentes“, alerta Jorge Condenço, diretor do Centro de Sangue e Transplantação do Porto.
A pandemia é um dos principais fatores que leva à diminuição das reservas de sangue. Devido aos confinamentos e isolamentos, tem havido um menor número de dádivas realizadas.
“A quantidade enorme de pessoas que está em confinamento – tanto direto como indireto – e que durante 14 dias não vai poder dar sangue. São números que se exponenciam a si mesmo. Nós, tendo que assegurar a maior segurança possível, não podemos reduzir estes prazos pelo perfil que o vírus tem. todas as outras pessoas que possam vir dar sangue, que façam favor de vir que estamos mesmo a precisar”, afirma.
No entanto, Jorge Condenço sublinha que dar sangue é seguro e alerta que a falta dos componentes sanguíneos poderá colocar em causa o tratamento de diferentes doenças.
“Não podemos ter essa opção entre tratar as pessoas covid-19 e não covid-19. Temos de tratar ambos. Há situações graves também em pessoas não covid-19 – caso de neoplastias, tratamento oncológicos, etc. – da qual é necessário suporte terapêutico com componentes sanguíneos e cujo o tratamento fica em causa quando não há esses componentes“, alerta Jorge Condenço.
Para ser dador de sangue é necessário ter pelo menos 50kg, ter mais de 18 anos e ser saudável. Saiba onde poderá fazer a sua dádiva.
