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Alergias alimentares: escolas vão ter formação e canetas de adrenalina

As alergias alimentares atingem cerca de 5% de crianças e jovens em idade escolar.

Alergias alimentares: escolas vão ter formação e canetas de adrenalina

No arranque do próximo ano letivo, professores e pessoal não docente de escolas com mais de mil alunos ou onde existam crianças ou jovens diagnosticados com alergias alimentares vão receber formação, anuncia o Governo. O objetivo é que aprendam a “prevenir, reconhecer e atuar perante uma situação de reação anafilática”.

As medidas constam no regulamento “Alergia Alimentar na Escola”, publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e entretanto enviado às escolas, e que, revela o Ministério da Educação, estabelece “o conjunto de responsabilidades e procedimentos a adotar por todos os intervenientes” perante uma situação de reação anafilática.

O objetivo é que no início do próximo ano letivo seja dada formação a todos os funcionários das escolas onde existem alunos diagnosticados com alergias alimentares mas também a todos os que trabalham em estabelecimentos de ensino com mais de mil estudantes, mesmo sem casos identificados.

A formação será dada pelas Equipas de Saúde Escolar (ESE), depois de serem capacitadas por especialistas em alergias alimentares“, lê-se na nota enviada às redações.

Essas equipas poderão também “assegurar, a pedido das escolas, formação ao pessoal que prepara as refeições, nomeadamente quanto aos cuidados a ter para não haver contaminação alergénica cruzada“.

No caso dos alunos com alergia já conhecida e risco de anafilaxia identificado, “os encarregados de educação devem coordenar com as direções das escolas a disponibilização de autoinjetores de adrenalina (as chamadas “canetas de adrenalina”), dos quais dispõem gratuitamente”. O dispositivo, esclarece o Govenro, “pode ser transportado pelo aluno, caso este tenha entendimento e treino para o usar, em caso de emergência”.

Mas, e “tendo em conta os níveis de probabilidade da ocorrência destes eventos, as escolas com mais de mil alunos vão passar também a dispor de um stock de “canetas”, mesmo não tendo alunos identificados com alergias”.

Neste sentido, esta também prevista a promoção de ações de sensibilização e a distribuição de folhetos informativos a toda a comunidade educativa, tal como a realização de exercícios de simulação com “canetas de treino” (sem agulha, nem adrenalina).

“As alergias alimentares atingem cerca de 5% de crianças e jovens em idade escolar, com um conjunto de sintomas, em caso de contacto ou ingestão inadvertida do alergénio, de gravidade crescente. Sendo a escola um local onde estas crianças e jovens passam grande parte do seu dia, é essencial que se aplique um conjunto de procedimentos e normas de forma a assegurar a prevenção ou a resposta em caso de episódios de alergia alimentar”, explica o ministério.