O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) esclarece, esta terça-feira, que apesar das falhas na rede Vodafone não se verificou qualquer “situação anómala” na prestação do socorro. Foi de “imediato” ativado o plano de contingência, privilegiando o acionamento através da rede SIRESP, que permitiu assegurar a “100%” todas as chamadas para o 112.
“Todas as chamadas de emergência transferidas pelas Centrais 112, geridas pela Polícia de Segurança Pública, para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM sempre estiveram asseguradas a 100%, não se verificando qualquer situação anómala”, garante o INEM.
Para tal, “o INEM ativou no imediato o seu plano de contingência, privilegiando o acionamento através da rede SIRESP e recorrendo aos sistemas redundantes de que dispõe em termos de telecomunicações móveis”. Assim, prossegue, a resposta a situação de emergência e socorro “esteve sempre” garantida.
(1/6) Na sequência dos constrangimentos verificados com a rede Vodafone, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) informa que:
— INEM (@INEMtwitting) February 8, 2022
Em caso de emergência, o INEM aconselha a que ligue para o Número Europeu de Emergência – 112, e para outras situações “referentes a aconselhamento”, os cidadãos devem recorrer ao Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (808 24 24 24). Deste modo, os CODU do INEM continuarão a dar resposta a “verdadeiras emergências médicas”.
Em conferência de imprensa, o presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, admitiu que serviços essenciais que dependem da rede da Vodafone Portugal, como o INEM e alguns bombeiros foram afetados, mas que já foi recuperado o acesso a serviço voz e dados 3G.
Mário Vaz garantiu que a Vodafone continua “a trabalhar de forma muito próxima com a equipa do INEM“.
A operadora Vodafone assumiu que foi alvo de um ciberataque na segunda-feira, mas não tem indícios de que os dados de clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos, estando determinada em repor a normalidade dos serviços.
“Já recuperámos os serviços de voz móvel e os serviços de dados móveis estão disponíveis exclusivamente na rede 3G em quase todo o país mas, infelizmente, a dimensão e gravidade do ato criminoso a que fomos sujeitos implica para todos os demais serviços um cuidadoso e prolongado trabalho de recuperação que envolve múltiplas equipas nacionais, internacionais e parceiros externos“, acrescenta a empresa, sublinhando que essa recuperação irá acontecer progressivamente ao longo do dia de hoje.
A Vodafone adianta que a investigação se irá prolongar por tempo indeterminado e com o envolvimento das autoridades competentes.
Saiba mais
- Vodafone presta esclarecimentos após ciberataque
- O impacto e as implicações do ciberataque à Vodafone
- Vodafone alvo de ciberataque
- Vodafone aponta “recuperação progressiva” dos serviços de voz móvel
- Vodafone diz que problemas técnicos estão a ter impacto numa “percentagem significativa de clientes”
- Vodafone regista problemas técnicos nos telefones e Internet