O ativista ambiental que interrompeu o discurso de António Costa em 2019 foi absolvido em tribunal, depois de ser acusado do crime de desobediência qualificada.
Em entrevista aos jornalistas, assegurou que haverá mais protestos em defesa do ambiente.
“O desfecho do caso lembra-nos que temos muita margem de manobra para nos defendermos, para nos manifestarmos, para nos expressarmos. É um dever de serviço à terra e à vida e claro que vai haver muito mais manifestações, a menos que, finalmente, haja uma mudança de rumo em que estes crimes ambientais cessem”, afirmou o ativista, citado pela Lusa.
Francisco Pedro, de 35 anos, foi acusado pelo Ministério Público de ser o organizador do protesto, em que um grupo de ativistas interrompeu o jantar do 46.º aniversário do Partido Socialista, em 2019, no Centro de Congressos de Lisboa.
O grupo manifestou-se contra o alargamento do aeroporto de Lisboa e a construção de um novo, no Montijo.
O ativista ambiental foi identificado pela PSP como o promotor da ação. Foi acusado de crime de desobediência qualificada, punível com uma pena de prisão até dois anos.
No entanto, a juíza Sofia Claudino considerou não ter ficado provado em julgamento que Francisco Pedro seria o organizador do protesto.
Em tribunal, a juíza afirmou que o ativista não podia ser punido, por isso, impunha-se de imediato a absolvição.
