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Cavaco Silva põe em causa capacidade política de Costa e pede coragem para reformas profundas

Ex-Presidente da República faz avaliação pouco satisfatória.

Cavaco Silva põe em causa capacidade política de Costa e pede coragem para reformas profundas

Cavaco Silva diz que a coragem política de António Costa é muito baixa: de zero a dois numa escala de zero a dez. O antigo Presidente da República avalia a coragem política do primeiro-ministro num artigo que escreveu para o jornal Público, onde põe em causa a capacidade do Governo para promover o desenvolvimento do país.

Cavaco Silva divide o grau da coragem dos políticos em cinco escalões. De muito baixo a muito alto. António Costa fica no fundo do vermelho com o grau mais baixo de todos.

Se fosse tomado como indicador a análise da atuação Costa nos seis anos de chefia do Governo, Cavaco escreve que o perfil político do primeiro-ministro ficaria pelo grau de coragem política muito baixo, a que atribui escassos 0 a 2 valores para um máximo possível de 10.

Aponta-lhe aversão a políticas de cariz estrutural à exceção do mercado de trabalho.

Fala em promessas e ilusões criadas pelos governos e partidos políticos para atirar que “a retórica e a mentira não produzem riqueza”.

Para o ex-Presidente da República “colocar a economia portuguesa a crescer mais que nos países concorrentes exige um poder político com coragem para reformas estruturais profundas e sem medo da impopularidade a curto prazo”.

Não é a primeira-vez que o atual primeiro-ministro é visado pelo ex-presidente, depois do livro de memórias em que Cavaco deixou Costa incomodado com a revelação de conversas sobre a formação da Geringonça.

Já se tornou hábito Cavaco Silva dar classificação à qualidade da moeda que governa o país. Começou por Santana Lopes, em 2004, a António Costa. Em 2022, dá dez anos, para colocar de novo Portugal em 15.º entre os 27 países da União Europeia.

No artigo publicado no jornal Público manifesta esperança nalguns ministros. Dá-lhes 6 meses para avaliar se têm um grau de coragem política maior que o atribuído ao chefe do Governo.

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