O julgamento de Vale e Azevedo, acusado de burlar o BCP, foi adiado pela quarta vez. A acusação tem 10 anos e o julgamento ainda não começou porque o tribunal não conseguiu, nos últimos 3 anos, notificar Vale e Azevedo, que vive em Londres desde 2018.
O julgamento de João Vale e Azevedo é adiado novamente, desta vez devido a atrasos na tradução para inglês da notificação e dificuldades no acesso ao novo sistema de comunicações das autoridades britânicas.
A audiência estava prevista começar esta semana, mas o tribunal não consegue notificar o antigo presidente do Benfica há mais de três anos.
O arguido, que vive em Londres desde junho de 2018, faz parte de um processo que decorre em Portugal, onde é acusado de ter alegadamente apresentado três milhões de euros de falsas garantias em três processos judiciais e de ter tentado burlar o BCP, também com garantias falsas, para conseguir um crédito de 25 milhões de euros. Estão em causa um total de 14 crimes.
A acusação do Ministério Público remonta a dezembro de 2012, mas, para que o julgamento comece, o arguido tem de ser notificado, o que aparentemente ainda não foi.
A morada em Londres de Vale e Azevedo é conhecida, no entanto as autoridades portuguesas terão falhado com atrasos de meses na entrega de documentação necessária às autoridades britânicas e na burocracia que era precisa para aceder a um novo sistema de comunicação implementado no Reino Unido.
Assim, Vale e Azevedo ainda não recebeu qualquer notificação para se apresentar no tribunal, pelo que o juiz decidiu, pela quarta vez, adiar o início do julgamento. Ainda não foi anunciada uma nova data.
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