A aluna reportou os abusos à direção da Faculdade de Letras alguns dias depois de apresentar queixa na PSP. Já foi aberto um procedimento disciplinar.
A estudante contou à SIC, sem querer gravar o depoimento, que foi coagida a ter relações sexuais com um professor.
Os alegados abusos terão começado em setembro e decorrido ao longo de 8 meses, no gabinete do docente e na casa da estudante.
Na versão da jovem, o professor terá feito ameaças de que a iria prejudicar nas notas e até expulsá-la da faculdade, caso não concordasse em manter relações sexuais com ele.
Conta ainda que em fevereiro descobriu que estava grávida e que comunicou ao professor que não queria interromper a gravidez.
Alega que ele reagiu com violência e que semanas depois sofreu um aborto espontâneo. Já em março, na versão da aluna, foi violada pelo docente no apartamento onde vivia.
A mulher de 20 anos, estrangeira, admitiu à SIC que sofre de problemas psicológicos e que nunca contou a ninguém o que se passava, por receio. Decidiu cancelar a matrícula e sair do país, depois de denunciar a situação.
O advogado que representa o professor diz que as acusações são totalmente falsas e que não conhece ainda o conteúdo das queixas. Augusto Ínsua Pereira, em declarações à SIC, sublinha que o professor quer colaborar o quanto antes na investigação para demostrar que está a ser alvo de uma cabala.
O caso já transitou da PSP para a Polícia Judiciária do Porto.