O presidente do sindicato da carreira de investigação e fiscalização do SEF escreveu uma carta aberta a Marcelo Rebelo de Sousa a pedir que impeça a extinção do serviço.
O dirigente sindical critica a transferência de competências para a PSP e GNR, afirmando que estas forças têm problemas estruturais de racismo e xenofobia. Recorda ainda o escândalo com militares da GNR de Vila Nova de Milfontes acusados de 33 crimes contra imigrantes.
As reações de desagrado não tardaram. O presidente da Associação dos Profissionais da Guarda diz que são afirmações “infelizes” que “denotam um certo desespero”. Para o Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP, são afirmações graves, que justificam uma queixa-crime.
Nem todos os inspetores do SEF se revêm na opinião de Acácio Pereira. O sindicato diz que não se sente representado na carta aberta publicada esta terça-feira.
Questionado sobre a polémica, o ministro da Administração Interna recusou fazer comentários. Já o Presidente da República diz que em democracia as coisas funcionam assim.
Contactados pela SIC, SEF, PSP e GNR não quiseram comentar o assunto.
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