No distrito de Santarém, em Alcanena, a falta de médicos nos centros de saúde é uma realidade cada vez mais preocupante. Os moradores e a Câmara admitem sair à rua em protesto caso não haja solução para o problema.
No concelho de Alcanena, 60% da população está sem acompanhamento médico, o que faz com que muitas pessoas, incluindo doentes oncológicos, tenham de recorrer a instituições privadas para obter prescrições para exames e para comprar medicação.
A revolta é geral, pelo que moradores e até mesmo a autarquia admitem fazer um protesto contra um sistema de saúde inexistente ou deficitário, onde também os poucos médicos que existem vão saindo.
Rui Henriques, Presidente da Câmara de Alcanena, fala numa descriminação com as gentes do concelho, mas admite que já tem uma audiência marcada com Marta Temido, ministra da Saúde.
A falta de médicos nos centros de saúde é cada vez mais preocupante em várias regiões do país, pelo que são já treze os municípios que alegam ter chegado a um ponto de rutura.
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