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Presidente destaca “a independência, coragem, determinação e humor” do colega Mário Mesquita

Mário Mesquita morreu esta sexta-feira. Tinha 72 anos.

Presidente destaca “a independência, coragem, determinação e humor” do colega Mário Mesquita

O Presidente da República recorda o percurso e características de Mário Mesquita, fundador do PS, professor universitário e vice-presidente da ERC que morreu, esta sexta-feira, aos 72 anos. À família, Marcelo Rebelo de Sousa enviou as “sentidas condolências”.

“Ninguém que tenha vivido a política e o jornalismo portugueses do último meio século ignora o percurso e a personalidade de Mário Mesquita”. É assim que começa a nota que o chefe de Estado publicou no site da Presidência da República.

Destacando que Mário Mesquita foi “oposicionista ao antigo regime, pertenceu à CDE, foi fundador do PS”, o Presidente Marcelo lembra que, “já em democracia, foi meu colega na constituinte e deputado”, além de jornalista, diretor do Diário de Notícias e do Diário de Lisboa, professor de jornalismo e membro da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

E quem, como eu, conviveu com Mário Mesquita conhece também, ou conhece por maioria de razão, características suas a que não deixava de atribuir um certo cunho ‘açoriano’, ou não fosse micaelense: a independência, a coragem, a determinação e o humor“, escreve, prestando a sua homenagem e enviando “à sua família sentidas condolências”.

Mário Mesquita tinha 72 anos

Licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica de Lovaina, Mário Mesquita foi diretor do Diário de Notícias e do Diário de Lisboa, tendo trabalhado ainda nos jornais República e Público.

Natural de Ponta Delgada, Mário Mesquita esteve ligado à oposição democrática desde a sua juventude, apoiando a CDE dos Açores em 1969 e 1973 e estando sempre próximo de figuras socialistas como Jaime Gama e Carlos César.

Esteve depois entre os fundadores do PS, em abril de 1973, na República Federal Alemã, e após o 25 de Abril de 1974 foi deputado à Assembleia Constituinte (1975-1976).

Na primeira legislatura, voltou a ser eleito deputado pelos socialistas, mas afastou-se do PS em 1978. Morreu esta sexta-feira, dia 27 de maio. Tinha 72 anos.