Paula Rego morreu na manhã desta quarta-feira, aos 87 anos. O crítico de arte Alexandre Pomar recorda a pintora como uma artista determinada e uma grande profissional.
Nascida a 26 de janeiro de 1935, em Lisboa, Paula Rego foi galardoada com diversos prémios. Em 2010, recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes, e, em 2019, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal.
“É uma artista de uma grande admiração, uma grande profissional que teve uma consagração tardia, em termos internacionais”, recorda o crítico de arte português.
A pintora estudou nos anos 1960 na Slade School of Art, em Londres, onde se radicou definitivamente a partir da década de 1970, mas com visitas regulares a Portugal.
“É a partir dos anos 80 que ela consegue conquistar o mercado inglês e o panorama inglês. Aí, há uma mudança na sua pintura”, revela Alexandre Pomar.
Para o crítico, uma das mais aclamadas e premiadas artistas portuguesas a nível internacional “deixa aquelas colagens que são de difícil interpretação e passa a usar uma figuração simples” na sua arte.
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