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Sindicato Independente dos Médicos acusa Governo de insensibilidade e pede plano de contingência para quatro anos

Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, considera que o plano que a ministra da Saúde apresentou para os próximos quatro meses, devia ser para os próximos quatro anos.

Sindicato Independente dos Médicos acusa Governo de insensibilidade e pede plano de contingência para quatro anos

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O Sindicato Independente dos Médicos acusa o Governo de insensibilidade em relação à falta de médicos e defende uma política de transparência que “não tem ocorrido”.

Jorge Roque da Cunha, em entrevista à SIC Notícias, defende ainda que o plano de contingência proposto deveria ser para os próximos anos e não para os próximos meses.

“Quando a senhora ministra da Saúde anuncia um plano de contingência para estes três meses, tem de ser um plano de contingência para os próximos três ou quatro anos.”

Marta Temido, após ter estado reunida com os sindicatos e a Ordem dos Médicos, na sequência do encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia em alguns hospitais na região de Lisboa, anunciou que “no curto prazo, [vai ser implementado] um plano de contingência para os meses de junho, julho, agosto e setembro, com um funcionamento mais articulado e antecipado e organizado das urgências em rede do SNS”.

A ministra da Saúde anunciou ainda que ia ser aberto um concurso para contratar mais médicos para integrar o Serviço Nacional de Saúde. Marta Temido reconheceu que os problemas sentidos nas urgências nos últimos dias são já conhecidos e acontecem recorrentemente na altura do verão e do Natal.

A falta de médicos em vários hospitais tem levado nos últimos dias ao encerramento de urgências de obstetrícia, ou a pedidos aos centros de orientação de doentes urgentes (CODU) de reencaminhamento de utentes para outros hospitais.

O Sindicato Independente dos Médicos já tinha dito que são necessários pelo menos 600 médicos para fazer face aos constrangimentos registados nos últimos dias em vários serviços de urgência do país.

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