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Urgência de obstetrícia do São Francisco Xavier encerrada durante a noite por falta de médicos

Para estas urgências funcionarem são necessários dois médicos especialistas e um interno, o que não estava assegurado.

Urgência de obstetrícia do São Francisco Xavier encerrada durante a noite por falta de médicos

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O serviço de urgência de obstetrícia do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, está previsto reabrir às 09:00 após ter estado encerrado durante a noite de segunda-feira para terça-feira.

A falta de médicos nas escalas foi o que motivo a esta decisão. Para funcionar o serviço precisa de dois médicos especialistas e um interno, o que não estaria assegurado.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo já tinha comunicado na segunda-feira, que devido à falta de clínicos, não conseguia assegurar que este serviço de urgência estivesse aberto durante a noite.

Todos os doentes que viessem a este hospital teriam de ser reencaminhados para outros, sendo que na maior parte dos casos é o CODU (Centro de Operação de Doentes Urgentes) que reencaminha automaticamente as chamadas para os hospitais sinalizados, como explica a repórter da SIC, Marta Sobral, que se encontra junto ao São Francisco Xavier, em Lisboa.

Ministra da Saúde anuncia contratação de recém-especialistas

A ministra da Saúde esteve reunida esta segunda-feira com os sindicatos e a Ordem dos Médicos, na sequência do encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia em alguns hospitais na região de Lisboa. 

Quando questionada se o Governo ia contratar mais médicos para integrar o Serviço Nacional de Saúde, Marta Temido adiantou que irá ser aberto um concurso.

“Há um concurso de contratação de recém especialistas para ser aberto esta semana. Essa é a primeira iniciativa. Infelizmente, não temos para contratar tantos recém-especialistas como gostaríamos e infelizmente, de facto, as condições de trabalho no SNS são pesadas – e nós reconhecemos isso.”

A ministra da Saúde reconheceu ainda que estes problemas, que se sentiram de forma mais exacerbada este fim de semana, são já conhecidos e acontecem recorrentemente na altura do verão e do Natal.

Além disso, a ministra admitiu que o Executivo terá em conta “precaução das questões remuneratórias”, além do “apoio a quem está no terreno e às lideranças” dos hospitais.

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