O presidente do PSD, Rui Rio, responsabilizou esta terça-feira o Governo pelas filas de espera nas chegadas ao aeroporto de Lisboa, que no domingo ultrapassaram as três horas, por falta de agentes do serviço de fronteiras face a um pico de passageiros.
“O Governo também aí tem falhado”, referiu Rui Rio, dizendo que o Governo “quer extinguir o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e tem degradado todo o serviço prestado”.
Enquanto há esperas em terra, Rui Rio considerou que há demasiado dinheiro pelo ar, “despejado em cima da TAP”, uma empresa com “um historial de prejuízos, desde sempre, e um historial de regalias excessivas”.
“Inclusive já vamos ouvindo que há sindicatos na TAP” que “já estão a pensar em fazer greves para a reposição dos salários”, graças à retoma de voos, com o alívio de restrições relacionadas com a covid-19, afirmou.
E concretizou de seguida: “estamos a falar, naturalmente, de salários muito altos, e não têm problema com isso porque são os contribuintes portugueses que vão pagar“.
“Se resolveram que a TAP devia ser pública, ela tem de prestar um serviço público e não se podem queixar” que não o presta “por falta de dinheiro, porque se há coisa que tem sido atirada para cima da TAP, são os impostos dos portugueses“.
A ANA Aeroportos anunciou no domingo “tempos de espera elevados que ultrapassaram as três horas” devido “à insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF em funcionamento”.
O SEF alegou na segunda-feira que as longas filas refletem o aumento exponencial do turismo e uma infraestrutura desadequada para o número de passageiros.
Mesmo com o total de posições (16) a funcionar na segunda, após as esperas de domingo, o tempo de espera manteve-se em duas horas, detalhou.