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SNS vai “continuar com problemas” devido à falta de medidas do Ministério da Saúde, diz SIM

O Sindicato Independente dos Médicos defende que o “ponto fulcral é o Ministério da Saúde iniciar um processo negocial global”.

SNS vai “continuar com problemas” devido à falta de medidas do Ministério da Saúde, diz SIM

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Jorgue Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, afirma que a situação no Serviço Nacional de Saúde “naturalmente vai continuar com problemas”.

“Tratar pontualmente da situação das urgências” para o Sindicado Independente dos Médicos não é a solução, o ponto essencial passa por fixar profissionais no SNS, que com “estas perspetivas é mais difícil”.

“Vai continuar com problemas porque à medida que o tempo vai passando as pessoas vão ficando mais cansadas, via haver pessoas que entretanto se vão reformar e com estas perspetivas é mais difícil que as pessoas fiquem no SNS.”

Nos últimos dias, vários serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos de vários pontos do país tiveram de encerrar por determinados períodos ou funcionaram com limitações, devido à dificuldade dos hospitais em completarem as escalas de serviço de médicos especialistas.

Para dar uma resposta a esta situação a ministra da Saúde criou na semana passada uma comissão de acompanhamento constituída por seis elementos.

Em declarações à Lusa, o coordenador nacional da comissão, o médico Diogo Ayres de Campos, disse que este grupo vai arranjar uma fórmula para que exista “maior coordenação” entre os hospitais quando a maternidade ou o bloco de partos está encerrado.

Diogo Ayres de Campos, diretor do serviço de obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e presidente da Associação Europeia de Medicina Perinatal, considerou que deve existir uma maior coordenação entre hospitais quando um bloco de partos ou uma urgência encerra para que não aconteça em simultâneo e de forma desorganizada, como tem sucedido nos últimos dias.

O médico sublinhou que a “primeiro prioridade” da comissão “é arranjar soluções para o verão”, mas ao mesmo tempo e já que está a lidar com “estes problemas agudos” terá também de começar “a pegar nos problemas mais estruturais e tentar alterações aí, porque senão está apenas a reagir e não a planear”.

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