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Polémica com Pedro Nuno Santos: as reações dos partidos

Rui Rio diz que está curioso para ouvir o Presidente da República.

Polémica com Pedro Nuno Santos: as reações dos partidos

Os partidos estão, esta quinta-feira à tarde, a reagir à polémica entre o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e o primeiro-ministro, António Costa, sobre a construção do novo aeroporto em Alcochete. O ministro vai manter-se no cargo. Assumiu responsabilidade pelos “erros de comunicação”, mas garante que “não mancham o trabalho longo” feito com António Costa. Já o primeiro-ministro assumiu que foi cometido “um erro grave”.

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PSD: “Situação absolutamente caricata” e que “não mostra credibilidade”

O presidente do PSD, Rui Rio, diz estar curioso para ouvir o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a polémica que envolve o ministro das Infraestruturas e o primeiro-ministro sobre o novo aeroporto.

“Estou curioso para saber o que é que o senhor Presidente da República vai dizer. Penso que estará incomodado e não agradado”, afirma.

Em direto do PSD, considera que António Costa foi “um bocado” ultrapassado por Pedro Nuno Santos.

No entanto, mete-se na posição de primeiro-ministro:

“Eu sentir-me-ia incomodado por ter um Governo que está em funções há tão pouco tempo, um Governo que tem maioria absoluta (…) e está já nesta posição”.

Rui Rio realça que António Costa e Pedro Nuno Santos já se conhecem, “já sabem como cada um funciona”.

O líder do PSD considera ainda que esta situação “não mostra grande credibilidade”.

“Para mim, é uma situação absolutamente caricata”.

Iniciativa Liberal: “Fica a sensação que não sabemos a história toda”

João Cotrim de Figueiredo considera que a situação se trata de uma “novela mexicana” e que não a quer “alimentar”.

“Fica um Governo fragilizado numa pasta que é tão importante como a ferrovia, a TAP e os aeroportos”, afirma, acrescentando que “fica a sensação que não sabemos a história toda”.

Cotrim de Figueiredo realça ainda que “não tem memória” de ter havido “uma desautorização tão grande” e de uma “revogação de um despacho de um ministro”.

PCP: “Desenvolvimentos revelam intenção de (…) negar ao país o direito a infraestrutura aeroportuária”

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, acusa o Governo de submissão aos interesses da ANA Vinci.

“Desenvolvimentos que vimos ao longo do dia revelam a intenção do Partido Socialista em articulação com o PSD de servir os interesses da Vinci e de negar ao país o direito a ter uma infraestrutura aeroportuária”, afirma.

Paula Santos diz ainda que há uma “grande contradição” do Governo.

Chega: “Foi um circo inacreditável”

O líder do Chega considera que é uma “situação lamentável”.

“Depois de um ministro desrespeitar diretamente o Governo e o seu primeiro-ministro, ouvirmos o próprio ministro dizer que foi uma falha da comunicação e ouvirmos inacreditavelmente o primeiro-ministro dizer que foi um erro e que seguimos adiante, é algo que eu acho que nem no Bangladesh nem nos Camarões acontecia. Acho que foi um circo inacreditável”, refere, no Parlamento.

André Ventura diz que Pedro Nuno Santos “já não existe politicamente” e diz que toda a situação é “um circo”.

Artigo em atualização.

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