Pedro Nuno Santos esteve, esta quinta-feira, reunido com o primeiro-ministro em São Bento, depois do polémico despacho sobre a construção do novo aeroporto em Alcochete. No dia em que o Executivo soma três meses de maioria absoluta, está em cima da mesa a possibilidade do ministro das Infraestruturas deixar o cargo.
O ministro começa por lamentar a situação “fruto de erros de comunicação” e reconhece os “erros” perante os colegas do Governo, o primeiro-ministro e o Presidente da República.
“Estas falhas tiveram consequências e causaram esta situação que estamos a
viver e pela qual eu me penalizo completamente”, disse o ministro
Pedro Nuno Santos anunciou, esta quarta-feira, a construção do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete. Até ao projeto estar concluído, em 2035, a base aérea do Montijo iria dar apoio ao aeroporto Humberto Delgado. Nessa altura, o despacho previa que o aeroporto da Portela fosse desmantelado e desativado o do Montijo, concentrando todos os voos para a capital em Alcochete.
O primeiro-ministro, que estava, na altura, fora do país, decidiu, esta quinta-feira, revogar o despacho publicado pelo Ministério das Infraestruturas, desautorizando o ministro. Segundo o jornal Público. António Costa terá aberto a porta para que Pedro Nuno Santos deixasse o cargo, uma saída que o ministro terá recusado.
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