País

População exige acesso a rio, Renova diz ser propriedade privada

A vedação do acesso à nascente do rio Almonda, em Torres Novas, motivou a comunidade a lançar uma petição que juntou 900 assinaturas.

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Há largos anos que a nascente do rio Almonda, em Torres Novas, é o local escolhido por diversos veraneantes para aproveitar os dias de sol e calor. Um cenário que se alterou com a vedação de acesso às águas por parte da RENOVA, a empresa instalada junto à nascente.

A situação está a causar descontentamento junto da população. Foram angariadas mais de 900 assinaturas numa petição que exige à autarquia de Torres Novas a tomada de medidas para devolver a nascente do rio às pessoas.

A autarquia admite entender o desejo da população mas sublinha o lado jurídico da questão: a Renova detém a propriedade do terreno e o direito de tomar providências.

"Há uma parte jurídica em que a renova inequivocamente tem a propriedade do terreno e pode inviabilizar as pessoas de entrarem lá (...). Há uma legislação e há um natural direito do cidadão", diz o autarca Pedro Ferreira.

À SIC, a RENOVA reforça que o espaço é propriedade privada e que sempre esteve vedado, isto por existirem "manifestos riscos de segurança num acesso não acautelado". No entanto, admite que as visitas que podem ser feitas à fábrica permitem o acesso seguro à nascente.

Com a vontade da população de um lado e a tomada de posição da empresa do outro, a autarquia de Torres Novas admite que a solução terá de passar sempre pelo "diálogo"-

A autarquia de Torres Novas dá ainda conta de que a empresa pretende vir a criar uma zona museológica que permita à população usufruir de forma segura da beleza da nascente do rio Almonda.